Cafeína: Que te faz sorrir com facilidade?
João Silva: Neste momento, sem dúvida, a espontaneidade do meu filho e a espontaneidade típica de conversas normais, por exemplo, em programas de rádio. Os trocadilhos fáceis, secos e muito saborosos ao estilo do Pedro Ribeiro, por exemplo.
Cafeína: Que música te faz manter o rádio ligado até que a mesma termine?
João Silva: Adoro rádio, diria que O Homem que mordeu o cão me faz isso muitas vezes, mas, fora de rubricas, por agora, a música "Paz" da Carolina Deslandes (o tema não me diz nada neste momento da vida, mas reflete um passado bem longínquo). Há muitas que me fazem parar, mas não me recordo de mais nenhuma neste momento. Assim de repente, menciono ainda "Amanhã", "A Terra gira" e "Olá, solidão" da banda Os quatro e meia (sim, sou fã
).
Cafeína: Qual o teu prato favorito?
João Silva: Grande motivo para reflexão
. Gosto de comer, sempre gostei, mas agora como de maneira diferente, mas talvez diga que o carneiro guisado da minha sogra ou a lasanha da minha esposa estão no topo. Para ser sincero e evitar problemas burocráticos, escolho a lasanha da minha esposa
, que foi o prato que nos juntou há 12 anos e meio.
Cafeína: O que não toleras?
João Silva: Incoerência. Deve ser defeito de profissão, pois a inconsistência e a incoerência são os maiores inimigos de um tradutor, mas não tolero quem diz uma coisa e faz outra. Tira-me do sério. Isso e falsos moralismos. Tudo é legítimo para cada um desde que de plena consciência e sem interferir com as liberdades alheias.
Cafeína: Qual a tua cor favorita e que cor vestes mais?
João Silva: Amarelo, a cor do meu clube desportivo, o Borussia Dortmund. Visto essa cor amiúde, mas a que visto mais é o vermelho, que também adoro. O azul da roupa desportiva também não falta. Em tempos desportivos, todo eu sou fluorescência
Cafeína: Fala-me sobre um dos teus sonhos.
João Silva: Tenho alguns, mas o mais próximo neste momento é fazer uma maratona abaixo de três horas. O meu recorde está em 3h21. Parece-me que a lesão de há um ano foi o melhor que me aconteceu para chegar a este sonho.
Cafeína: Que gostas de fazer nos tempos livres?
João Silva: Depois de ter sido pai, os tempos livres reduziram muito. Às vezes já nem sei muito bem o que me define em termos de tempos livres. Contudo, sempre procurei que a corrida não faltasse desde o nascimento dele, mesmo nas horas mais difíceis, porque mas tornou mais faceis. Correr é muito na minha vida, é um quase tudo (só a família está acima) e é também uma bela forma de passar tempo livre. Isso e pensar em planos de treinos.
Cafeína: Acreditas em Deus ou em Algo superior?
João Silva: Cresci numa família crente mas incoerente, mas sou ateu de plena consciência há vários anos. Depois de perceber o que é ser ateu, consigo dizer que é o que melhor me assenta. Às vezes confunde-se com falta de fé ou de crença. Por muito egoísta que isso soe, eu acredito, mas sim naquilo que consigo fazer e nas coisas que consigo "controlar". Não desminto que uma moleta de crença me fazia falta em algumas situações, mas procuro encarar as coisas com pragmatismo e com tolerância. Estou casado pelo registo pelo civil com uma cristã devota e o meu filho é batizado. Incoerência? Não, chamo-lhe compatibilidade e tolerância. Respeito mútuo, no fundo, e dinâmica familiar. Não esconderei do meu filho que sou ateu e não farei particularmente grande coisa para que seja cristão ou crente noutra coisa. Tentarei dar-lhe conhecimento. O resto será com ele.
Cafeína: Que número calças, quanto medes?
João Silva: Calço 43 em calçado casual, 44 em corrida (bem-dita a hora em que percebi isso, afugentei muitas bolhas e unhas partidas). Meço 1,74 m e, não tarda, o meu filho ultrapassa-me
.
Cafeína: Preferes praia ou campo?
João Silva: Nasci e cresci perto da praia (e de muito campo) gostei e usufruí, até ia ficando numa aos 16 anos. Mas agora vivo mais no campo. Há muitos anos que não faço praia. Por várias razões. Gosto dos dois, mas acho que adoro estar rodeado de vegetação e serra. Tornou-se na minha companhia de vida e de treinos.
Cafeína: Qual o filme que mais te marcou?
João Silva: Já tive excelentes filmes a deixar-me a braços com grandes reflexões, mas, honestamente, de momento, não me lembro de nenhum. Há dois anos que não vejo propriamente filmes e também deixei as séries, que muito apreciava, há cerca de quatro ou cinco meses. A vida caminha noutras direções, mas já houve muita coisa boa no cinema a marcar-me muito.
Cafeína: Escreverias um livro? Se sim, sobre quê?
João Silva: Na verdade, está escrito, estou em fase de procura de editora, até agora, sem grande sucesso. Há que ser persistente. Se não houver editoras interessadas, tratarei de autopublicar, embora isso não me agrade muito. O livro é um romance e tem uma certa inspiração autobiográfica.
Gostaram?
Beijinhos e um dia muito feliz pela sapolândia