Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Doce Cafeína

Doce Cafeína

19
Jan23

É que foi um " és mesmo parva" bem metido

Cafeína

Sou daquelas pessoas que aprendeu ao longo da vida que não se deve falar da vida privada a ninguém, porque mais tarde podemos levar com as coisas na cara ou ver a nossa vida exposta à amiga da amiga e blá blá blá.

Sucede que, ontem tive uma situação que me faz pensar e ter a certeza de que o pouco que falo é demais.

Ora vejamos, certo dia, aqui na chafarica, enquanto se falava de estações do ano, eu disse que gosto muito do inverno e aprecio o frio, que prefiro as temperatuaras frias e não aqueles dias com temperaturas elevadas.

Ponto.

Que há demais nesta partilha? Nada.

Ora vejam, estamos a passar por uma vaga de frio polar e ontem, pelo menos aqui na zona, estava um frio extremo o o próprio vento fazia doer os ossos.

Fui tomar café com uma colega e nisto eu digo:

" Fulana e este friozinho quando é que fica menos agreste?"

Resposta dela em tom cínico:

" Não te deve incomodar, tu gostas tanto"

Eu  enchi o peito de ar e saiu-me pela boca: "olha e tu és mesmo muito parva!"

Ela ficou sem reação, tomámos o café e senti que ela percebeu que não gostei da piada.

Se é grave? Não.

Se foi de mau tom? Foi.

Se me vou afastar aos poucos? Vou. 

É que a minha vertente emocional é de porcelana e tenho que tratar bem dela 

 

 

 

19
Set22

Ponto final

Cafeína

Estive muitos anos presa a uma amizade tóxica. Que me trouxe muitas lições e me mostrou que para tudo há um ponto final.

Depois de tantas conversas, partilhas, desabafos, percebi que ali eu só recolhia tristeza, vazio e angústia. Porque há pessoas que me importam e importam muito e quando assim é, preocupo-me como se fossem do meu sangue e eu preocupava-me. Por outro lado, o desgaste. O desgaste em perceber que eu era apenas a bengala, o bombom, o bocado bem passado no meio das adversidades. Estou aqui para ajudar mas não gosto de me sentir usada e permiti que me usasse conforme as suas necessidades.

Juntando as mentiras que eu sabia que me eram ditas com a falta de confiança que eu já tinha, vi-me num cruzamento em que eu teria que me escolher e deixar ir a outra parte. 

E deixei ir. Não sei quem deixei ir, não conheço, não me identifico, mas reconheço que me feriu bastante. Sinto que deixei uma mochila que carregava há muitos anos e senti-me livre, desapegada, solta. Embora triste.

Eu senti que era a minha hora de sair definitivamente. 

Abri mão, não me importa mais.

E escolhi-me a mim.

15
Jul22

Efeito iô-iô

Cafeína

Não falo de dieta (até porque só com muito jeitinho chego aos 50 kg se me pesar vestida de capote ou samarra)

Falo de pessoas que me metem doida, pela personalidade vai e vem, pelo maneira como oscilam conforme a direcção do vento e por não admitirem que sentem, gostam, fazem.

E embora, já tenha experiência suficiente para ter consciência que o seu comportamento não muda (porque ninguém muda) e  soletro para não me esquecer facilmente: N-i-n-g-u-é-m    m-u-d-a 

O que muda são os meus sentimentos em relação a quem não muda ou não faz um esforço para se manter no mesmo registo, porque sinto que me vou cansando, entristecendo e mirrando a minha paciência em relação a dita cuja personalidade. Fico triste. Há pessoas das quais não me quero desapegar mas cuja personalidade iô-iô me sufoca, é como beber shots de veneno.

Questiono se serei aquela peça do puzzle que tem dois cús dois lados e que aparentemente encaixam no puzzle mas acaba por saltar por não ser ali o seu lugar.

Sou de fácil apego mas a vida já me ensinou a escolher-me em caso de dúvida.

 

18
Nov21

Cuidar de nós

Cafeína

Quanto mais olho em volta mais sinto necessidade de estar comigo mesma, de me auto-conhecer e cuidar.

Lido diariamento com pessoas que até me dizem alguma coisa no que toca à questão da essência interior mas de um dia para o outro vejo essa essência desmoronar-se. E isto realmente me desilude muito, causa-me uma decepção sem retorno. Eu sei que todos somos humanos, erramos e mudamos mas há caracteristicas que são natas e essas devem predominar sempre. Eu tenho 37 anos e não estou igual quando tinha 27 anos. Nós evoluímos e é esse um dos principais propoósitos de vida de todo o ser humano. Mas sabem quando algo perde o encanto? Quando cai o véu e quando cai o manto? Talvez eu seja demasiado piegas mas custa-me tanto assistir ao degradar de uma personalidade bonita e até imponente pela sua presença.

Eu também mudo, também falho, também desiludo e isso faz-me colocar no lugar do outro mas... será que devemos aceitar tudo impávidos e serenos, sem questionar, sem ir à luta, sem remediar?

Hoje estou muito virada para esta reflexão.

 

08
Out21

Que lata!

Cafeína

Tenho uma colega de trabalho que é pica aqui e pica ali, gosta de acender o rastilho e quando a bomba está para explodir escapa-se sempre não assumindo os seus actos.

Certo dia, teve um determinado comportamento que não gostei e mantive-me calminha e na minha paz. Agora diz que estou sempre mais caladinha porque fiquei aborrecida com ela. Expliquei-lhe calmamente que não tenho nada contra ela mas prefiro manter-me na minha, de prefêrencia longe de confusões.

Rematou por fim com a seguinte frase: " anda esta gente em terapias holisticas".

Olhei para ela, levantei-me e fui tomar um café. Paciencia Cafeína! Paciencia!

02
Set21

Talvez seja exagero

Cafeína

mas eu fiz uma razia a uns tantos objetos que me faziam doer ao lembrar-me de certa pessoa.

Pode parecer exagerado, para mim é necessário. Sou demasiado " maricas" para ignorar uns tantos "biblôs" que me recordam tempos que outrora quis manter para a vida. Não sei se é um defeito meu ou até algo a limar, admito pois aquela célebre frase " estamos começados mas não acabados" e então dou o benefício da dúvida se isto será mau feitio ou uma maneira mais parva de me proteger.

Quem me rodeia diz que sou intensa e que " não tens uma merda de meio termo". Reconheço que é verdade mas será assim tão mau? Dou me por inteiro ou simplesmente não me dou, estou onde sinto que posso ser o que sou ou simplesmente viro costas e sigo estrada. 

Estamos a viver, estamos todos a tentar levar isto o melhor que sabemos e como disse a alguém que muito me tem ensinado... vamos lá ser francos, ninguém tem culpa por acreditar, por lutar e por não ter defesas. A regra é simples: eu vou a jogo mas se fizerem batota comigo, saio da mesa. 

E eu jogo até ao fim mas quando desisto deito fora as restantes fichas.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub