Um dia, estava em conversa com a minha formadora/mestre. Conversávamos sobre o propósito de vida de cada pessoa e a importância de descobrir e fazer dar frutos esse mesmo propósito. Vimos dotados de muitos dons mas há sempre algo que se evidencia mais em cada pessoa.
Fizemos uma reflexão e uma partilha sobre o mistério que é a vida, saber viver, apercebemo-nos que há algo que nos impulsiona, que é fundamental ter a noção daquilo que são também as nossas fragilidades. Creio que estavámos a falar da importância do auto-conhecimento.
A determinada altura ela falou da nossa criança interior, daquela criança que nós fomos um dia e que, muitas vezes, edifica sonhos, medos, ambições, traços da nossa personalidade em adultos. Mandou-nos então fazer um exercício, pediu-nos que fossemos ao encontro da nossa criança mas não daquela que os nossos pais quiseram que nós fossemos, não daquela que involuntáriamente foi "esculpida" pelos gostos dos pais e família, mas sim da verdadeira criança que nós fomos.
Isto deu-me muito que pensar e percebi que desde o ventre materno somos levados a ser modelos starndard, da família, da sociedade, do mundo, enfim...dos outros. E é ciclico, e não pára, é cómodo, é assim porque sim mas é tão injusto, tão negligente, tão doloroso.
E vocês, que pensam disto?