A caminho
Cafeína-men está preocupado.
Há uma semana que me sinto num estado Alfa. Nem cá nem lá. Limito-me a estar, a ser, a existir.
Se me perguntarem o porquê, eu confesso que sei responder a isso, só não sei resolver ou talvez não tenha coragem para fazê-lo. Talvez tenha nascido com uma vertente emocional cujo propósio é trabalhar nela e resgatá-la apenas quando me escolher a mim.
Até lá vou tendo dias em que me sinto rota e na melhor das hipóteses ando porque não consigo correr. E isto de se lutar contra a maré cansa. Desgasta. Entristece.
Pergunto-me até quando isto é suportável.
E quando me reergo novamente, à minha frente vejo a linha onde o mar acaba e o nevoeiro se instala. E aí sei e sinto que serei eu, numa melhor versão de mim mesma para mim mesma, porque eu mereço paz.
Cafeína-men está na retaguarda mas é uma estrada solitária a que percorro e sou eu que tenho que resolver a minha dor, sem a carregar nos ombros dele.
Estou a caminho, já tive mais longe.