No seguimento dos desamores
Ao ler este post "Há (de)samores para a vida?" vieram a mim vários sentimentos e algumas emoções.
É costume dizer-se que quem muito sente, muito ama, muito sofre, mas mesmo sofrendo vive, e que o viver tudo isso se subropõe ao sofrimento e ás aprendizagens que dele retiramos. Será isto verdade? Será que viver uma paixão ou um amor intensamente vale assim tanto a pena? Diria que em alguns casos não. Há amores ou desamores que nos acompanham por anos a fio se não por toda a vida. Porque, por muito que nós nos curemos, por muito ultrapassado que a coisa esteja, a verdade é que há sempre uma mágoa, uma dor, o raio de um lugar, uma estúpida expressão, um cheiro, uma merda qualquer que traz à memória o melhor e o pior do que foi vivido. E então se foi intensamente pior, porque a investida recai em sufocar um sentimento mal resolvido que permanece em existir como se de um castigo se tratasse.
E não, nenhum dos dois segue o caminho a desejar felicidades ao outro! Isso não existe! Na melhor das hipóteses, segue-se a vida com o coração mais calejado, com a alma menos presa e com um menor nó na garganta, mas esquecer de vez...será que acontecerá verdadeiramente?
A vida é uma constante aprendizagem e nem sequer ouso já questioná-la.