Silêncio
Gosto do silêncio.
Gosto do que ele me diz e faz. Talvez seja a intensidade da sua voz... a voz do silêncio.
E gosto de me retirar do mundo por breves instantes porque ás vezes fico muito cansada do "tens que fazer, tens que dizer, tem de ser". E depois... depois a luz apaga, a cidade dorme, o interior reage.
E ainda há o tempo... Ah! o tempo... esse que afinal nada cura mas torna distante as dores de outrora. Que é companheiro do silêncio mas que anda num passo muito mais apressado fazendo questão de não olhar para trás nem esperar que "fiques bem".
Que se faz com isto?
Com isto cresce-se, feridas vão e cicatrizes ficam. Ciclos terminam e ciclos começam...
E a vida segue, o silêncio urge, o sorriso começa a ficar entre parentesis e a alma evolui .