De mãos dadas
Estava muita gente naquele transporte. Não se sabe ao certo que transporte era mas tinha o teto em madeira.
Estava calor e tinha-se apercebido de um movimento estranho, nisto dá-se uma explosão. Já no chão, enquanto encobria a cabeça com as mãos, tomou consciência que acontecera um atentado. Levantou-se, olhou em volta e viu feridos e corpos já sem vida. Numa calma que parece mais divina que humana virou-se para trás.
Em simultâneo, virou-se também aquela mulher que chorava. Dirigindo-se a ela, limpou-lhe as lágrimas, beijou-lhe a testa e deu-lhe a mão.
E seguiram.
Seguiram por uma estrada de terra batida, inclinada e cujo fim não se via.