A fase do pum
Eu lembro-me da minha idade do armário. Sim, aquela idade ilusória em que pensamos que somos os donos do mundo e podemos controlar tudo. A fase em que damos umas beijocas, experimentamos dar uma passa no cigarro que nos faz engasgar (eu não fumo e a única vez que tentei fumar achei que tinha que tirar uma formação especifica porque nunca atinei com a cena de "travar o fumo" nas goelas). Aquela idade em que somos lindas, maravilhosas, inigualavéis. Mas essa idade abrangiu o meu ser dos 13 aos 17 anos. Depois cresci.
Ora, tenho dois filhos, um com cinco anos e outro com oito anos. Desde cedo percebi que é uma geração muito á frente da minha por todas as razões e mais algumas, eu lembro-me que o meu miúdo mais velho começar a ler aos dois anos e a passar os dedos pela televisão como se fosse um tablet na tentativa de mudar a imagem.
Posto isto, parece que a idade parva ou do armário, seja lá o que for também chega mais cedo nesta geração. O meu miúdo mais velho ri-se a bandeiras despregadas com um "pum" mas atenção que nem sempre é o "pum" (que por norma é ele que se lembra de dar ou o mano que está nem aí para ir à casa de banho entregar o dito cujo). O garoto ri-se com a palavra "pum", com o arrojar de uma cadeira, com o sentar no sofá, o rangir seja daquilo que for que o faça lembrar o som do "pum".
Ontem chegou da escola e lembrou-se que um colega deu um "pum" na sala e a professora ( coitadinha da moça) foi aos arames. O moço estava mal da barriga e então toca de esvaziar a tripa em puns)em plena sala de aula. Isto é uma conversa meio porquita mas ao mesmo tempo natural, só que tive a histótia do "pum" até hoje de manhã pois o puto levantou-se e começou a rir-se por se lembrar do "pum".
Eu acho tão parva esta idade...