Aquela subtil arte
Eu estava, na cozinha, a beber o meu café, pois tinha chegado a casa há muito pouco tempo. Os miúdos estavam a fazer desenhos, as gatas dormiam e nem a tartaruga (que nunca hiberna) se fazia sentir.
Ele olhou para mim com um olhar fulminante de me fazer suster a respiração, levantou ligeiramente as sobrancelhas, arranjou a blusa enquanto caminhava.
Na minha mente... um momento quente e arrebatador, saudades talvez... fui sorrindo ligeiramente. Olhei para a bancada e enchi-me de calor, engoli o café. Não tenho chicote nem algemas (mas gostava ) e fui criando todo um ambiente interior.
Ele aproximou-se, eu engoli em seco e fiz uns olhinhos à gato das botas esperando ansiosamente o seu toque inconfudivel.
Tudo estava perfeito até que ele abriu a boca e disse: " Sabes, vou oferecer-te o livro da subtil arte de dizer f#da-s&, sei lá tem a ver contigo"
Bebeu um copo de água e voltou para a sala...
Por favor, não me façam perguntas