O meu pintainho mais velho chegou triste a casa porque os meninos fizeram batota no jogo de futebol. Ouvi o seu desabafo com toda a atenção e ao fim de alguns minutos ele olhou para mim como quem esperava um feedback maternal sobre a situação.
Enquanto o ouvia, à minha mente vinha tudo o que vivi em criança e já em adulta, e consegui, naqueles breves minutos valorizar aquele desabafo, aparentemente pouco importante.
A dada altura, eu disse-lhe: "Filho, pensa assim: A vida é como esse jogo de futebol, nesse jogo tens os bons jogadores e os maus jogadores. As pessoas não mudam, terás que ser tu a mudar e a trabalhar a situação. Portanto, o conselho que te dou vai no sentido de te retirares do jogo sempre que as regras não forem de encontro com o que acreditas.
Assim será sempre na vida: Estamos todos em jogo mas se forem desonestos contigo terás sempre a liberdade de retirar da mesa. Então ainda que te apeteça muito jogar com esses meninos, se só servir para te irritares e ficares triste, sai de jogo"
Abraçou-me como se entendesse tudo. Isso preoucupou-me.